Mais uma vez, lá está ela.
Sentada na cadeira a consumir o veneno.
Veneno que muitas vezes a fez me fazer mil promessas.
Promessas que nunca serão cumpridas.
E eu tola, como pude acreditar, sabendo que ela estava sob o efeito do veneno?
No fundo eu sabia, só não queria acreditar que o veneno já estava no controle da situação.
E agora não restam nem consciente e nem subconsciente.
Ela está inerte e hipovigíl , não sabe o que diz.
E ela gosta e quer mais do veneno. Então levanta e vai a procura.
Mas para obter o veneno se tem um preço.
E o preço é ficar longe cada vez mais de Deus.
Então eu oro, pois ainda sei que existe um pouquinho dela alí, além do veneno...
E mais tarde ela se deita.
Logo pela manhã vem os efeitos colaterais.
E sente o vazio e chora... É a falta de Deus.
Mas ela não compreende e acha que só o veneno pode curar.
E assim segue os seus dias.
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