Sempre chamava ela pra ir me deixar na parada do Cefet.
Ela morava pro outro lado, mas até na hora da saída agente arranjava um jeitinho pra ficar de papinho, não bastavam só as aulas.
Saímos em direção àquela calçada lotada de alunos malucos no qual nós fazíamos parte. Era gente gritando, meninos e meninas encostados no muro namorando, pessoas correndo pra pegar o lotado e agente rindo e observando ao redor, anteninhas ligadíssimas.
Baixinhas entre a multidão, eu conversando com ela e ela de olho no paquera e conversando comigo. De vez em quando ela soltava um : Vivian ele me olhou!.... Eu só sorria.
Virei por um instante pra falar com Miguel e nesse meio instante ela se perdeu. Quando virei fui direto com os olhos nela.
Naquele furdunço de gente, ônibus, carros, e trânsito infernal, Aylla deu um jeito de cair no meio do asfalto entre um ônibus e outro. Lá estava ela que se virava e sentava no chão, bem sem graça e mais vermelha que tudo. Eu, me desculpem, é minha melhor amiga, mas caí na gargalhada enquanto todos olhavam. Um amigo nosso a levantou e trouxe ela bem rápido, e todos caíram na gargalhada também inclusive ela.
E esse foi o assunto dos dias que se seguiram, essa baixinha tem historias pra contar.
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